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Foto: Divulgação |
Nova era a vista no futebol? Logo após a definição do próximo presidente da FIFA com mandato até 2019 que ocorreu no final de fevereiro, a primeira semana de março de 2016 teve em Cardiff, no País de Gales, a reunião da International Board, entidade que define as regras do jogo.
Foram aprovadas uma série de modificações e inovações, muitas reivindicações antigas. Algumas em caráter experimental por pelo menos dois anos. Talvez a principal e mais radical mudança e que a muito tempo era requisitada, seja o auxílio de imagens em lances polêmicos no decorrer das partidas. Como ocorre em esportes como: basquete, tênis, futebol americano e vôlei.
O árbitro de vídeo a princípio será estabelecido em caráter experimental, a exemplo dos adicionais atrás das balizas de meta e funcionará da seguinte forma: um assistente pertencente à equipe oficial de arbitragem, terá acesso aos vídeos e poderá caso o árbitro solicite auxiliá-lo na definição do lance. O assistente também terá a possibilidade de chamar o árbitro principal caso algo tenha fugido ao seu crivo.
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Getty Images |
O auxilio por meio do vídeo poderá ocorrer em quatro situações: Para verificar se foi ou não gol, para expulsão de algum atleta, marcação de penalidades e para identificar determinado jogador. O impedimento não entrou na lista de lances a serem revistos, o que a princípio tomaria muito tempo das partidas se a cada lance de impedimento for requisitado o árbitro de vídeo, com o agravante ainda de o "tira-teima" ser operado por um ser humano e a menor fração de segundo no congelamento das imagens pode gerar resultados dúbios. Também em caráter experimental estarão: acabar com a punição tripla - pênalti, cartão vermelho e suspensão automática no próximo jogo. Nesse caso, em se tratando de jogada não temerária, será aplicado apenas o cartão amarelo. Também para testes será observada a possibilidade de uma substituição extra, mas apenas para partidas que forem para prorrogação.
Na mesma reunião foram aprovadas outras mudanças, por exemplo na saída de bola, não há mais a necessidade de a bola ser deslocada para frente, sendo admitido o mesmo para qualquer direção. Possibilidade de expulsar atletas antes do início de jogos, caso haja confusão no túnel de acesso. Um jogador ao ser atingido por seu adversário e o mesmo receber punição com cartão (indiferente a cor), o atleta atingido poderá ser atendido integralmente dentro de campo. Desta maneira evita-se beneficiar o infrator que impede a sequência da jogada, continua em campo e vê seu oponente fora de combate, proporcionando uma injusta superioridade numérica.
Porém a mais interessante mudança diz respeito a jogadores que fazem a paradinha em cobranças de pênalti para ludibriar o goleiro, em situações como estas o jogador perderá o direito a bater novamente a penalidade imposta.
Veremos se realmente são ventos de mudança no futebol ou apenas doses de tranquilizantes aos milhões de fãs desse apaixonante esporte. E que se for uma real mudança que tais ventos não soprem apenas na cúpula do futebol mundial, mas que provoquem redemoinhos em terras brasileiras.
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