No último domingo (5), os fãs de Futebol Americano e até aqueles
que estavam só de passagem ficaram boquiabertos com o que presenciaram no Super Bowl LI: um dos maiores
espetáculos do esporte.
O azarão Atlanta
Falcons dominou a partida até o final do terceiro período, a vantagem de 28
a 3 – quatro posses de bola –, conquistada com muita disciplina, parecia inalcançável,
a equipe estava na iminência de garantir o primeiro título para a franquia, o
segundo da cidade nas grandes ligas americanas. No quarto período a equipe do New England Patriots conseguiu encostar,
diminuindo para 28 a 20, um feito já grandioso, mas o passe de Matt Ryan para Julio Jones, quando o relógio marcava menos de 5 minutos para o fim
do jogo e o placar ainda era favorável aos Falcons quase encerrou as esperanças
dos torcedores e jogadores de Massachusetts. A linda recepção, que poderia ser
a mais lembrada da noite, levou a equipe de Atlanta a uma boa posição de campo,
bastava converter um field goal e a derrota
seria praticamente impossível. Não foi o
que aconteceu, uma sucessão de falhas do ataque fez a campanha da vitória
terminar no zero.
Aos Patriots ainda faltava um último tiro. Era necessário um
touchdown e uma conversão de dois
pontos para empatar a partida – o extra
point perdido pelo kicker Stephen Gostkowski seria o eterno
culpado se New England perdesse por dois pontos apenas – tarefa não muito
fácil, mas para quem já estava vencido há poucos minutos não seria problema. Se
a recepção de Julio Jones poderia ter sido o catch da partida, a de Julian
Edelman tomou esse posto, um lance que o esporte não permitirá que seja
esquecido, a grande jogada do Super Bowl LI, o maior momento do jogo da década.
A corrida para touchdown de James White e a conversão de dois
pontos de Tom Brady para Danny Amendola apenas concluíra o que
ninguém esperava, o embate estava empatado, os Patriots deram vida ao primeiro
Super Bowl na história decidido na prorrogação.
Recepção milagrosa de Julian Edelman |
No tempo extra, Atlanta não conseguiu segurar New England,
mais uma corrida de James White garantiria o quinto Super Bowl da franquia mais
vitoriosa do século XXI, a dinastia Patriots coroava o seu rei, Tom Brady se
tornava o segundo atleta e o primeiro quarterback
a conquistar cinco anéis, se as dúvidas quanto à sua capacidade ainda
persistiam, Brady pulverizou todas. A maior virada da história do Grande Jogo
não poderia ter outro responsável.
Há alguns anos a pergunta era se Tom Brady era
superestimado, agora a questão é se alguém, um dia, poderá alcança-lo!
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